domingo, 2 de junho de 2013

Casal em lua de mel decide conhecer o mundo em um jipe


Rafael Ávila e sua esposa Isabela Miranda ao lado da 'Mão do deserto', nome da obra criada pelo escultor Mário Irarrázabal. Composta por ferro e cimento, a escultura possui 11 metros de altura, localizada ao lado da estrada panamericana, no Chile (Foto: Rafael Ávila/VC no G1)Rafael Ávila e sua esposa Isabela Miranda ao lado da 'Mão do deserto', nome da obra criada pelo escultor Mário Irarrázabal. Composta por ferro e cimento, a escultura possui 11 metros de altura, localizada ao lado da estrada panamericana, no Chile (Foto: Rafael Ávila/VC no G1)
saiba mais
Apaixonados por viagens no estilo “mochilão”, os recém-casados Rafael Ávila e Isabela Miranda resolveram embarcar em uma lua de mel diferente: visitar cidades do mundo inteiro somente dirigindo um jipe. O casal começou a viagem em 27 de janeiro deste ano e pretende ficar dois anos andando pelo planeta.
Saindo do Rio de Janeiro, eles já andaram mais de 23 mil quilômetros pela América do Sul, em 125 dias de viagem. Passaram por locais como Bonito, Pantanal e Foz do Iguaçu, no Brasil; Ciudad del Este, no Paraguai; Punta del Este e Colonia del Sacramento, no Uruguai; Buenos Aires, Mendoza, Parque Nacional El Leoncito e El Calafate, na Argentina; Parque Nacional Torres del Paine, Santiago e Valparaiso, no Chile; Salar do Uyuni, La Paz e Coroico, na Bolívia; e Puno e Cusco, no Peru. Depois, eles pretendem seguir para o Equador, Colômbia, Venezuela e voltar até o sudeste do Brasil pela regiões norte e nordeste.
O casal se uniu em matrimônio antes de partirem para a estrada. Vivendo no Rio de Janeiro, Isabela era emissora internacional de uma operadora de turismo e Rafael era gerente financeiro em uma grande administradora de shoppings centers. Com carreiras estabilizadas, a decisão de largar tudo foi difícil. “Por outro lado, nosso desejo de conhecer o mundo de forma independente e intensa era tão grande que, desde que começamos a namorar, essa idéia de uma volta ao mundo nos soava quase óbvia. Ambos já havíamos 'mochilado' muito, e essa paixão por viagem era uma das nossas maiores afinidades”, relata Rafael.
O casal passou pelas Torres del Paine, no Chile (Foto: Rafael Ávila/VC no G1)O casal passou pelas Torres del Paine, no Chile (Foto: Rafael Ávila/VC no G1)
Hospedagem e alimentação
Para não gastar tanto com hospedagem, a dupla adaptou um jipe com um bagageiro reforçado para comportar objetos essenciais para se virarem na estrada, como armários, cozinha portátil, toldo, cadeiras, mesas, reservatórios de água, entre outros. Rafael conta que, normalmente, passam as noites em campings, estacionamentos, hostels ou casas de amigos que já conheciam ou conheceram na estrada.

“É incrível como pessoas que conhecemos em determinadas tardes abriram suas casas e nos convidaram para jantar e dormir como se fossemos velhos amigos”, admira-se. Mas afirma que já se acostumaram tanto a ideia de uma “casa rodante” que até estranham quando se hospedam em um hotel. “Conforto de vez em quando é bom, mas não conseguimos ficar muito tempo longe da estrutura que criamos para a nossa viagem”, admite Rafael.
A alimentação do casal também é “autossuficiente”. Do café da manhã ao jantar, tudo é feito por eles. “Alimentação é aquela que cozinhamos, para conseguirmos nos manter dentro do orçamento, além do fato de gostarmos muito de cozinhar e de ser uma forma de se viajar mais saudável.  Às vezes fazemos uma ‘extravagância’ e comemos em restaurantes locais. Também muitas vezes cozinhamos juntos com amigos de estrada”, conta Rafael.
  •  
Foto tirada no Salar do Uyuni, o maior deserto de sal do mundo, localizado na Bolívia (Foto: Rafael Ávila/VC no G1)Foto tirada no Salar do Uyuni, o maior deserto de
sal do mundo, localizado na Bolívia (Foto: Rafael
Ávila/VC no G1)
Próximos destinos
Depois de terminar o tour pela América do Sul, o casal pretende partir para a Ásia. Para isso, vão providenciar toda a documentação para que o jipe vá junto. Depois devem seguir para Oceania e costa leste da África.

Porém, com as dificuldades enfrentadas em cada país, os roteiros podem mudar. “Como temos visto na estrada e ouvido dos viajantes que conhecemos, há muitos empecilhos, seja por instabilidade em países, lugares onde não se pode cruzar com um carro. Enfim, essas questões fazem com que mantenhamos a essência da nossa viagem, que é a liberdade de mudar o roteiro sempre que necessário ou desejado”, diz Rafael.
A viagem do casal pode ser acompanhada pelo site que montaram para relatar a aventura.
Quer também mostrar a sua viagem? Mande uma foto e diga por que o seu destino não tão visitado é especial. Para enviar a sua colaboração, use a ferramenta do VC no G1. Você também pode indicar um passeio ou local menos óbvio de cidades campeãs da preferência, como Paris, Nova York e Buenos Aires - ou seja, "recomendo visitar a torre Eiffel" não vai entrar na nossa seleção.
Fonte Globo 

Nenhum comentário: