Morreu por volta de 5h15 deste domingo (19) no Hospital de Clínicas de
Porto Alegre mais uma vítima do incêndio na boate Kiss, que provocou a
morte de 242 pessoas no dia 27 de janeiro em Santa Maria (RS).
Mariane Wallau Vielmo, 25, que teve grande parte do corpo queimado no
incêndio da boate e estava internada desde a época da tragédia,
apresentou complicações devido aos enxertos de pele que precisou
realizar e não resistiu às infecções.
Durante o período de internação, Mariane alternou períodos na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital e no quarto.
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12.mai.2013
- Familiares das 241 vítimas do incêndio da Boate Kiss se emociona
durante evento em comemoração ao Dia das Mães, realizado pela AVTSM
(Associação dos Familiares das Vítimas da Tragédia em Santa Maria), no
clube Dores, em Santa Maria (RS) Deise Fachin/UOL
Em mensagem publicada no dia 2 de abril em seu perfil numa rede social,
ela disse que estava conseguindo se recuperar das queimaduras.
"Primeiro dia q consigo escrever aqui, estou me recuperando bem...",
postou.
Segundo o cirurgião plástico Cir Portinho, do Hospital das Clínicas,
Mariane não conseguiu resistir às sequelas causadas pela queimadura. O
quadro de baixa imunidade, segundo ele, contribuiu para a ocorrência de
infecções.
Outros três jovens permanecem internados em decorrência do incêndio.
Dois deles estão no Hospital de Clínicas: Cristina Peiter, 23, e Renata
Pase Ravanello, 25. Ritchieli Pedroso Lucas, 19, está no Hospital Mãe
de Deus, também na capital. Nenhum deles corre risco de morrer.
A previsão é de que o corpo de Mariane seja levado a Santa Maria, onde
deve ocorrer o enterro. A jovem era natural de Santigo (a cerca de 470
km e Porto Alegre) e estudava Sistemas de Informação no Centro
Universitário Franciscano (Unifra), em Santa Maria.
No dia 27 de maio, o incêndio na boate Kiss completa quatro meses.
Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da
banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um
sinalizador contra o teto de espuma inflamável. De acordo com a
investigação da polícia, a casa estava superlotada, os extintores
posicionados na frente do palco não funcionaram e a saída de emergência
foi insuficiente.
A maioria das mortes foi causada por asfixia causada pelo gás cianeto,
liberado pela espuma inflamável. Oito pessoas foram denunciadas pela
Justiça como responsáveis pelas mortes, entre elea os proprietários da
boate, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr, o vocalista da banda, Marcelo
de Jesus dos Santos, e o produtor da Gurizada Fandangueira, Leonardo
Bonilha Leão.
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