O dólar fechou acima de R$ 2,07 pela primeira vez em cinco meses nesta
terça-feira (28), após dados positivos dos Estados Unidos sugerirem que o
banco central norte-americano poderá diminuir seu programa de estímulo
monetário nos próximos meses, reduzindo a liquidez internacional.
A moeda norte-americana fechou em alta de 0,87%, para R$ 2,0741 na venda, atingindo um patamar de fechamento que não era registrado desde o final de dezembro do ano passado.
No entanto, analistas destacavam que os investidores seguiam cautelosos antes da decisão do Banco Central brasileiro sobre a taxa básica de juros do país, devido a dúvidas quanto à intensidade do aperto monetário que deve vir na quarta-feira.
"O dólar está mais forte no mundo devido à expectativa de diminuição do
programa de estímulo do Fed (banco central norte-americano)", afirmou o
operador de um banco nacional, sob condição de anonimato.
"O dólar está se ajustando ao que está acontecendo lá fora. O real não acompanhou exatamente a piora lá fora porque teve fluxo, então nós podemos dizer que nossa moeda está um pouco atrasada em relação a outras", afirmou, referindo-se à entrada de recursos externos nos últimos dias.
Confiança do consumidor nos EUA
Essa expectativa de menor liquidez mundial ganhou força nesta terça-feira, após a confiança do consumidor dos Estados Unidos se fortalecer em maio para o maior nível em mais de cinco anos, saltando para 76,2 ante 69 em abril e superando as expectativas de economistas, que previam uma leitura de 71.
"É um fortalecimento do dólar mundial, porque a economia norte-americana está se pondo de pé", disse o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme. "É um sinal muito consistente a confiança do consumidor ser a maior em cinco anos. O consumidor é o grande fator de crescimento dos Estados Unidos".
Taxa de juros
Mas analistas ponderavam que a cautela antes do Copom segurava uma alta mais expressiva do dólar no mercado doméstico. O BC define nesta quarta-feira (30) a nova Selic.
"Se vier uma alta grande na taxa de juros, isso vai implicar na queda do dólar, porque abre a perspectiva de maior entrada de capital externo", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira.
A curva de juros embute majoritariamente uma alta de 0,50 ponto na Selic, atualmente em 7,5%. Já o relatório Focus mostrou que economistas de instituições financeiras esperam elevação de 0,25 ponto percentual, enquanto uma pequena maioria dos economistas consultados pela Reuters espera alta de 0,50 ponto.
O dólar avançou 2,7% ante o real em maio até o fechamento da última sessão devido, principalmente, aos temores em relação ao futuro da política monetária dos Estados Unidos.
Embora muitos analistas acreditem que o BC poderá intervir no mercado para segurar a valorização do dólar e, assim, evitar pressões inflacionárias, a expectativa é de que a autoridade monetária primeiro defina os juros básicos antes de interferir na taxa de câmbio.
Fonte Globo
A moeda norte-americana fechou em alta de 0,87%, para R$ 2,0741 na venda, atingindo um patamar de fechamento que não era registrado desde o final de dezembro do ano passado.
No entanto, analistas destacavam que os investidores seguiam cautelosos antes da decisão do Banco Central brasileiro sobre a taxa básica de juros do país, devido a dúvidas quanto à intensidade do aperto monetário que deve vir na quarta-feira.
"O dólar está se ajustando ao que está acontecendo lá fora. O real não acompanhou exatamente a piora lá fora porque teve fluxo, então nós podemos dizer que nossa moeda está um pouco atrasada em relação a outras", afirmou, referindo-se à entrada de recursos externos nos últimos dias.
Confiança do consumidor nos EUA
Essa expectativa de menor liquidez mundial ganhou força nesta terça-feira, após a confiança do consumidor dos Estados Unidos se fortalecer em maio para o maior nível em mais de cinco anos, saltando para 76,2 ante 69 em abril e superando as expectativas de economistas, que previam uma leitura de 71.
"É um fortalecimento do dólar mundial, porque a economia norte-americana está se pondo de pé", disse o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme. "É um sinal muito consistente a confiança do consumidor ser a maior em cinco anos. O consumidor é o grande fator de crescimento dos Estados Unidos".
Taxa de juros
Mas analistas ponderavam que a cautela antes do Copom segurava uma alta mais expressiva do dólar no mercado doméstico. O BC define nesta quarta-feira (30) a nova Selic.
"Se vier uma alta grande na taxa de juros, isso vai implicar na queda do dólar, porque abre a perspectiva de maior entrada de capital externo", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira.
A curva de juros embute majoritariamente uma alta de 0,50 ponto na Selic, atualmente em 7,5%. Já o relatório Focus mostrou que economistas de instituições financeiras esperam elevação de 0,25 ponto percentual, enquanto uma pequena maioria dos economistas consultados pela Reuters espera alta de 0,50 ponto.
O dólar avançou 2,7% ante o real em maio até o fechamento da última sessão devido, principalmente, aos temores em relação ao futuro da política monetária dos Estados Unidos.
Embora muitos analistas acreditem que o BC poderá intervir no mercado para segurar a valorização do dólar e, assim, evitar pressões inflacionárias, a expectativa é de que a autoridade monetária primeiro defina os juros básicos antes de interferir na taxa de câmbio.
Fonte Globo
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