Entenda como o HIV (VIH) é transmitido e como evitar a AIDS (SIDA).
SIDA é a sigla em português para AIDS, que significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. HIV é a sigla em inglês para Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Todos os países de língua latina usam o termo SIDA e VIH, exceto no Brasil onde a imprensa popularizou os termos em inglês AIDS e HIV. Vou usar neste texto os termos AIDS e HIV que são mais comuns no Brasil, apesar de não serem os ideais.
A AIDS é uma doença infecciosa, transmitida por um vírus chamado HIV. Para se ter AIDS é preciso estar contaminado com o vírus HIV; não existe AIDS sem a presença do vírus.
Só se contrai o vírus HIV de uma pessoa infectada pelo mesmo; ou seja, o vírus precisa ir de uma pessoa para a outra. Não se pega AIDS tendo relações sexuais com alguém que não tenha o vírus, do mesmo modo que não se pega AIDS se masturbando sozinho. Também não se pega AIDS através de transfusão de sangue não contaminado. Esta informação pode parecer banal, mas muitas pessoas ainda acham que a AIDS pode ser transmitida apenas pelo sexo, independente da situação de saúde do(a) parceiro(a).
É importante diferenciar o HIV da AIDS. HIV é o vírus, enquanto que a AIDS é a doença causada pelo vírus; é possível ter o HIV e não ter AIDS, já que algumas pessoas são carreadoras assintomáticas do vírus. Na verdade, a maioria das pessoas passa vários anos tendo o HIV, mas sem desenvolver sintomas da AIDS. A média de tempo entre a contaminação com o vírus e o desenvolvimento da doença é de 10 anos.
Atenção: A AIDS AINDA NÃO TEM CURA. Os tratamentos avançaram muito nas últimas décadas, mas ainda não existe cura para a doença.
Para se desenvolver a doença, o vírus precisa ter contato com a circulação sanguínea. Portanto, o simples contato com a pele não é suficiente para a transmissão da doença. A pele é o nosso principal organismo de defesa, funcionando como uma armadura, impedindo que germes do ambiente tenham acesso ao interior do nosso organismo. O simples contato de sangue na pele não é suficiente para se contrair o HIV, contanto quea mesma esteja íntegra, ou seja, sem feridas.
Se a pele é uma ótima barreira, o mesmo não podemos dizer das mucosas, como a glande do pênis, o ânus e a mucosa da vagina que apresentam poros que possibilitam a invasão do HIV para dentro do organismo. A mucosa oral também não é tão eficiente porque frequentemente apresenta feridas. Portanto, a principal via de transmissão do HIV é através das mucosas dos órgãos sexuais. Toda relação sexual causa microtraumas nestas mucosas, muitas vezes invisíveis ao olho nu, facilitando a contaminação pelo vírus que está presente nas secreções genitais.
O HIV é transmitido toda vez que um fluído contaminado entra em contato com alguma área do corpo vulnerável a invasões.
O sexo oral ativo (receber o pênis ou a vagina na boca) pode transmitir HIV, principalmente se houver lesões na cavidade oral como gengivites, aftas, feridas etc... Algumas dessas lesões podem ser pequenas o suficiente para passarem despercebidas para a maioria das pessoas, mas não o suficiente para impedir a penetração do vírus presente nas secreções genitais.
O sexo anal costuma ser o que apresenta maior risco de contaminação. A mucosa do ânus/reto é mais fina que a vaginal, e por não apresentar lubrificação natural, está mais sujeita a pequenas lesões durante o ato sexual. Quanto mais ferida estiver a mucosa, mais fácil é para o vírus invadi-la.
Os fluidos que contém o vírus são as secreções vaginais, o sêmen e o liquido pré-seminal (aquele transparente que sai do pênis antes da ejaculação) e, obviamente, o sangue.
O risco de transmissão é maior quando a pessoa contaminada não se trata e apresenta uma carga viral elevada no sangue. Quando o vírus encontra-se em grande quantidade no sangue, ele também estará em grande quantidades nas secreções genitais. Porém, mesmo aqueles que fazem o tratamento anti-retroviral de modo correto e apresentam carga viral indetectável, podem transmitir o vírus.
O melhor modo de prevenir o HIV é através de relações sexuais com preservativos. A camisinha é muito eficiente, mas não garante proteção com 100% de segurança (leia: CAMISINHA | Tudo o que você precisa saber), por isso, além do preservativo, evitar uma vida promíscua também é importante.
A presença concomitante de outra DST, como sífilis, herpes, gonorréia aumenta muito o risco de transmissão e contágio pelo HIV.
Leia:
- SÍFILIS | Sintomas e tratamento
- GONORREIA | CLAMÍDIA | Sintomas e tratamento
- HERPES LABIAL | HERPES GENITAL | Sintomas e tratamento
Além da via sexual, existem outros meios de se contrair o HIV:
- Usuários de drogas injetáveis que compartilham agulhas.
- Tatuagem e piercing apresentam risco pequeno, mas podem ser vias de transmissão caso haja uso de material contaminado (leia: BODY PIERCING | Perigos e complicações).
- Transfusão de sangue (atenção: o perigo está em receber e não em doar sangue).
- Transmissão da mãe para o feto durante a gravidez.
Os seguintes fluidos corporais NÃO transmitem o HIV (ao não ser que haja sangue misturado)
- Saliva
- Suor
- Lágrima
- Vômitos
- Fezes
- Secreções nasais
Nenhum dos fluidos acima apresenta concentrações do vírus em quantidades relevantes para que haja transmissão.
Também NÃO se contrai AIDS através de:
- Talheres ou pratos
- Picadas de inseto
- Abraços ou aperto de mão
- Vasos sanitários ou banheiro público
- Piscina pública
- Praia
- Doação de sangue
- Beijo. Existe um risco pequeno no caso de beijo na boca se ambos possuírem lesões sangrantes na mucosa oral, situação que, convenhamos, é pouco provável. Beijos na bochecha ou nos seios não transmite HIV
- Masturbação ativa ou passiva (a não ser que o dedo do parceiro(a) apresente uma ferida aberta)
- Sexo oral passivo (no sexo oral ativo há risco pelo contato da boca com as secreções vaginais e do pênis)
O HIV sobrevive muito pouco tempo no ambiente, por isso, histórias sobre pessoas que colocam sangue contaminado no Ketchup, agulhas em telefones públicos e cadeiras de cinema são apenas mitos que circulam pela internet. Além disso, o vírus quando exposto a sabão ou outros produtos químicos, também morre.
Infecção aguda pelo HIV (Um texto mais específico encontra-se aqui: SINTOMAS DO HIV E AIDS (SIDA))
Chamamos de infecção aguda pelo HIV o quadro que ocorre entre 2 a 4 semanas após a contaminação com o vírus.
Os sintomas são semelhantes à uma síndrome de mononucleose (leia: MONONUCLEOSE - DOENÇA DO BEIJO) com febre, dor de garganta, pequenas manchas de 1 cm e avermelhadas espalhadas pelo corpo, aumento dos linfonodos (ínguas) e dor de cabeça. O aparecimento de pequenas úlceras no pênis, ânus ou na cavidade oral são bem característicos da lesão primária pelo HIV.
Nem todo mundo que se contamina com HIV vai desenvolver sintomas da infecção aguda e, em alguns casos, os sintomas são tão discretos que passam despercebidos pelo paciente.
SIDA é a sigla em português para AIDS, que significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. HIV é a sigla em inglês para Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Todos os países de língua latina usam o termo SIDA e VIH, exceto no Brasil onde a imprensa popularizou os termos em inglês AIDS e HIV. Vou usar neste texto os termos AIDS e HIV que são mais comuns no Brasil, apesar de não serem os ideais.
A AIDS é uma doença infecciosa, transmitida por um vírus chamado HIV. Para se ter AIDS é preciso estar contaminado com o vírus HIV; não existe AIDS sem a presença do vírus.
Só se contrai o vírus HIV de uma pessoa infectada pelo mesmo; ou seja, o vírus precisa ir de uma pessoa para a outra. Não se pega AIDS tendo relações sexuais com alguém que não tenha o vírus, do mesmo modo que não se pega AIDS se masturbando sozinho. Também não se pega AIDS através de transfusão de sangue não contaminado. Esta informação pode parecer banal, mas muitas pessoas ainda acham que a AIDS pode ser transmitida apenas pelo sexo, independente da situação de saúde do(a) parceiro(a).
É importante diferenciar o HIV da AIDS. HIV é o vírus, enquanto que a AIDS é a doença causada pelo vírus; é possível ter o HIV e não ter AIDS, já que algumas pessoas são carreadoras assintomáticas do vírus. Na verdade, a maioria das pessoas passa vários anos tendo o HIV, mas sem desenvolver sintomas da AIDS. A média de tempo entre a contaminação com o vírus e o desenvolvimento da doença é de 10 anos.
Atenção: A AIDS AINDA NÃO TEM CURA. Os tratamentos avançaram muito nas últimas décadas, mas ainda não existe cura para a doença.
Para se desenvolver a doença, o vírus precisa ter contato com a circulação sanguínea. Portanto, o simples contato com a pele não é suficiente para a transmissão da doença. A pele é o nosso principal organismo de defesa, funcionando como uma armadura, impedindo que germes do ambiente tenham acesso ao interior do nosso organismo. O simples contato de sangue na pele não é suficiente para se contrair o HIV, contanto quea mesma esteja íntegra, ou seja, sem feridas.
Se a pele é uma ótima barreira, o mesmo não podemos dizer das mucosas, como a glande do pênis, o ânus e a mucosa da vagina que apresentam poros que possibilitam a invasão do HIV para dentro do organismo. A mucosa oral também não é tão eficiente porque frequentemente apresenta feridas. Portanto, a principal via de transmissão do HIV é através das mucosas dos órgãos sexuais. Toda relação sexual causa microtraumas nestas mucosas, muitas vezes invisíveis ao olho nu, facilitando a contaminação pelo vírus que está presente nas secreções genitais.
O HIV é transmitido toda vez que um fluído contaminado entra em contato com alguma área do corpo vulnerável a invasões.
O sexo oral ativo (receber o pênis ou a vagina na boca) pode transmitir HIV, principalmente se houver lesões na cavidade oral como gengivites, aftas, feridas etc... Algumas dessas lesões podem ser pequenas o suficiente para passarem despercebidas para a maioria das pessoas, mas não o suficiente para impedir a penetração do vírus presente nas secreções genitais.
O sexo anal costuma ser o que apresenta maior risco de contaminação. A mucosa do ânus/reto é mais fina que a vaginal, e por não apresentar lubrificação natural, está mais sujeita a pequenas lesões durante o ato sexual. Quanto mais ferida estiver a mucosa, mais fácil é para o vírus invadi-la.
Os fluidos que contém o vírus são as secreções vaginais, o sêmen e o liquido pré-seminal (aquele transparente que sai do pênis antes da ejaculação) e, obviamente, o sangue.
O risco de transmissão é maior quando a pessoa contaminada não se trata e apresenta uma carga viral elevada no sangue. Quando o vírus encontra-se em grande quantidade no sangue, ele também estará em grande quantidades nas secreções genitais. Porém, mesmo aqueles que fazem o tratamento anti-retroviral de modo correto e apresentam carga viral indetectável, podem transmitir o vírus.
O melhor modo de prevenir o HIV é através de relações sexuais com preservativos. A camisinha é muito eficiente, mas não garante proteção com 100% de segurança (leia: CAMISINHA | Tudo o que você precisa saber), por isso, além do preservativo, evitar uma vida promíscua também é importante.
A presença concomitante de outra DST, como sífilis, herpes, gonorréia aumenta muito o risco de transmissão e contágio pelo HIV.
Leia:
- SÍFILIS | Sintomas e tratamento
- GONORREIA | CLAMÍDIA | Sintomas e tratamento
- HERPES LABIAL | HERPES GENITAL | Sintomas e tratamento
Além da via sexual, existem outros meios de se contrair o HIV:
- Usuários de drogas injetáveis que compartilham agulhas.
- Tatuagem e piercing apresentam risco pequeno, mas podem ser vias de transmissão caso haja uso de material contaminado (leia: BODY PIERCING | Perigos e complicações).
- Transfusão de sangue (atenção: o perigo está em receber e não em doar sangue).
- Transmissão da mãe para o feto durante a gravidez.
Os seguintes fluidos corporais NÃO transmitem o HIV (ao não ser que haja sangue misturado)
- Saliva
- Suor
- Lágrima
- Vômitos
- Fezes
- Secreções nasais
Nenhum dos fluidos acima apresenta concentrações do vírus em quantidades relevantes para que haja transmissão.
Também NÃO se contrai AIDS através de:
- Talheres ou pratos
- Picadas de inseto
- Abraços ou aperto de mão
- Vasos sanitários ou banheiro público
- Piscina pública
- Praia
- Doação de sangue
- Beijo. Existe um risco pequeno no caso de beijo na boca se ambos possuírem lesões sangrantes na mucosa oral, situação que, convenhamos, é pouco provável. Beijos na bochecha ou nos seios não transmite HIV
- Masturbação ativa ou passiva (a não ser que o dedo do parceiro(a) apresente uma ferida aberta)
- Sexo oral passivo (no sexo oral ativo há risco pelo contato da boca com as secreções vaginais e do pênis)
O HIV sobrevive muito pouco tempo no ambiente, por isso, histórias sobre pessoas que colocam sangue contaminado no Ketchup, agulhas em telefones públicos e cadeiras de cinema são apenas mitos que circulam pela internet. Além disso, o vírus quando exposto a sabão ou outros produtos químicos, também morre.
Infecção aguda pelo HIV (Um texto mais específico encontra-se aqui: SINTOMAS DO HIV E AIDS (SIDA))
Chamamos de infecção aguda pelo HIV o quadro que ocorre entre 2 a 4 semanas após a contaminação com o vírus.
Os sintomas são semelhantes à uma síndrome de mononucleose (leia: MONONUCLEOSE - DOENÇA DO BEIJO) com febre, dor de garganta, pequenas manchas de 1 cm e avermelhadas espalhadas pelo corpo, aumento dos linfonodos (ínguas) e dor de cabeça. O aparecimento de pequenas úlceras no pênis, ânus ou na cavidade oral são bem característicos da lesão primária pelo HIV.
Nem todo mundo que se contamina com HIV vai desenvolver sintomas da infecção aguda e, em alguns casos, os sintomas são tão discretos que passam despercebidos pelo paciente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário