André Lauton tatuou o símbolo do Chiclete com Banana nas costas (Foto: Arquivo Pessoal)
O baiano André Lauton era criança ainda quando seus pais, Rita e
Newton, o levaram para o primeiro show do Chiclete com Banana, banda
que já tem mais de trinta anos. Desde então, o amor pelo grupo só
cresceu e já faz parte da história de vida de André, tanto é que está
eternizada em seu corpo, em uma tatuagem nas costas.
“Posso dizer que já rodei de norte a sul do Brasil atrás do
Chiclete com Banana. Em 2004, quando tinha vinte anos, resolvi
eternizar este amor no meu corpo. Tive a ideia quando ganhei um adesivo
em formato de Bananeira - símbolo do Chiclete com Banana - e pensei ‘um
dia ainda faço esta tatuagem’. Guardei o adesivo durante cinco anos e
fiz. Tenho três paixões na vida: família, Chiclete com Banana e Vasco
da Gama. Preferi deixar a família e meu time eternamente no meu coração
e externar a banda que marcou a minha infância, adolescência e vem
marcando a minha vida”, contou André.
O pai, Newton, reconhece que influenciou o filho. “Desde pequeno
levávamos ele e o irmão, ainda nos nossos ombros, para a avenida
(Circuito Campo grande), na concentração do Chiclete com Banana, e no
nosso carro as únicas fitas cassete que ouvíamos eram da banda”, disse.
Já a mãe revelou também ter feito loucuras pelo Chiclete. “Estava
recém-operada após o parto e enfrentei um empurra-empurra na Av. Sete,
em Salvador, ficando espremida no meio dos blocos, sem contar o sol
escaldante ao meio dia. Tudo isso por amor ao Chiclete com Banana”,
contou.
André no trio do Chiclete (Foto: Arquivo Pessoal)
Carona em ca minhão pelo Chiclete André já foi
mais longe para seguir a banda do coração. “Tinha 18 anos, recém
entrado na faculdade de Direito, ganhando pouco ou quase nada no
estágio. Era época do Fortal - Micareta de Fortaleza - e estava sem
grana. Já não havia mais passagens de ônibus e as de avião eram caras,
mas minha vontade não passava. Resolvi ir na boleia de um caminhão.
Foram 2.000 km Bahia-Ceará, durante dois dias, dentro de um caminhão,
dormindo e tomando banho em posto de gasolina. Fui apenas com uma
mochila nas costas e o amor pelo Chiclete, mas foi um dos melhores
shows da minha vida. Costumo dizer que enquanto uns tocam, o Chiclete
faz história”, disse André, que é presidente do fã-clube Quiribamba do
Chiclete.
Asa de Águia e seus seguidores
Outra banda de sucesso no carnaval baiano é o Asa de Águia, que completa 25 anos de história, e também tem uma legião de fãs apaixonados pelo vocalista Durval e companhia.
Outra banda de sucesso no carnaval baiano é o Asa de Águia, que completa 25 anos de história, e também tem uma legião de fãs apaixonados pelo vocalista Durval e companhia.
Allan Souza (Foto: Arquivo Pessoal)
Allan Souza, de trinta anos, é um desses fãs enlouquecidos pelo
Asa. Fã da banda há 17 anos, ele tem o quarto inteiro decorado com
fotos de shows. “Sempre gostei de registrar momentos inesquecíveis da
banda, histórias, shows etc”, contou. Assim como André, Allan também já
rodou o Brasil trás de sua banda preferida.
“A maior loucura que faço é rodar o Brasil atrás do Asa. Isso se
tornou um vício. A cada fim de semana ou a cada mês estou em um lugar
do Brasil diferente atrás do Asa. Através da banda fiz vários amigos e
conheci muitos lugares. Minha paixão pelo Asa de Águia não se explica,
se vive”, disse Allan.
Durval Lelyz, vocalista da banda, falou da gratidão pelo carinho
dos fãs: “Fazer um som diferenciado, misturando o rock com o axé, que
conquista o nosso público há 25 anos e faz com que eles se transformem
em nossos seguidores, é muito gratificante e ao mesmo tempo não tenho
palavras para decifrar essa emoção. Fico lá de cima do palco, do trio,
observando a maneira como eles expressam sua emoção através de
plaquinhas com os nomes das músicas que querem ouvir, através das
fantasias dos personagens que crio, do semblante emocionado por estar
ali ouvindo a sua banda do coração tocar. Em contrapartida, buscamos
sempre atendê-los com muito carinho, respeito e admiração, tudo que
tenho de bom ofereço a eles em especial.”
Camilla tatuou o nome da banda (Foto: Arquivo Pessoal)
Camilla Ribeiro tem 29 anos é fã da banda há 17 e também eternizou
o amor pelo Asa de Águia nas costas. “Decidi fazer a tatuagem, pois
queria guardar comigo para sempre o amor que tenho pela banda. Minha
família foi totalmente contra, e eu fiz escondida”, contou.
A fã também já fugiu de casa e terminou namoro para ir atrás do
Asa. “Moro em São Paulo e uma vez fui passar o carnaval em Salvador
contra a vontade dos meus pais. Fui sabendo que poderia voltar e não
ter mais onde morar, mas mesmo assim segui meu coração, apesar de ter
ficado com medo. Também já cheguei a virar 108 horas trabalhando direto
para poder ir a shows. Já deixei de comer, já dormi horas em aeroporto
e até terminei namoro. Meu amor pelo Asa é inexplicável e
incondicional”, disse.
fonte:globo
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