quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Fãs do 'Chiclete' e do 'Asa' revelam loucuras que já fizeram pelas bandas

Galeria fãs de axé (Foto: Arquivo Pessoal)André Lauton tatuou o símbolo do Chiclete com Banana nas costas  (Foto: Arquivo Pessoal)
 
O baiano André Lauton era criança ainda quando seus pais, Rita e Newton, o levaram para o primeiro show do Chiclete com Banana, banda que já tem mais de trinta anos. Desde então, o amor pelo grupo só cresceu e já faz parte da história de vida de André, tanto é que está eternizada em seu corpo, em uma tatuagem nas costas.

“Posso dizer que já rodei de norte a sul do Brasil atrás do Chiclete com Banana. Em 2004, quando tinha vinte anos, resolvi eternizar este amor no meu corpo. Tive a ideia quando ganhei um adesivo em formato de Bananeira - símbolo do Chiclete com Banana - e pensei ‘um dia ainda faço esta tatuagem’. Guardei o adesivo durante cinco anos e fiz. Tenho três paixões na vida: família, Chiclete com Banana e Vasco da Gama. Preferi deixar a família e meu time eternamente no meu coração e externar a banda que marcou a minha infância, adolescência e vem marcando a minha vida”, contou André.
O pai, Newton, reconhece que influenciou o filho. “Desde pequeno levávamos ele e o irmão, ainda nos nossos ombros, para a avenida (Circuito Campo grande), na concentração do Chiclete com Banana, e no nosso carro as únicas fitas cassete que ouvíamos eram da banda”, disse.
Já a mãe revelou também ter feito loucuras pelo Chiclete. “Estava recém-operada após o parto e enfrentei um empurra-empurra na Av. Sete, em Salvador, ficando espremida no meio dos blocos, sem contar o sol escaldante ao meio dia. Tudo isso por amor ao Chiclete com Banana”, contou.
Galeria fãs de axé (Foto: Arquivo Pessoal)André no trio do Chiclete (Foto: Arquivo Pessoal)
Carona em ca minhão pelo Chiclete André já foi mais longe para seguir a banda do coração. “Tinha 18 anos, recém entrado na faculdade de Direito, ganhando pouco ou quase nada no estágio. Era época do Fortal - Micareta de Fortaleza - e estava sem grana. Já não havia mais passagens de ônibus e as de avião eram caras, mas minha vontade não passava. Resolvi ir na boleia de um caminhão. Foram 2.000 km Bahia-Ceará, durante dois dias, dentro de um caminhão, dormindo e tomando banho em posto de gasolina. Fui apenas com uma mochila nas costas e o amor pelo Chiclete, mas foi um dos melhores shows da minha vida. Costumo dizer que enquanto uns tocam, o Chiclete faz história”, disse André, que é presidente do fã-clube Quiribamba do Chiclete.
Asa de Águia e seus seguidores
Outra banda de sucesso no carnaval baiano é o Asa de Águia, que completa 25 anos de história, e também tem uma legião de fãs apaixonados pelo vocalista Durval e companhia.
Galeria fãs de axé (Foto: Arquivo Pessoal)Allan Souza (Foto: Arquivo Pessoal)
Allan Souza, de trinta anos, é um desses fãs enlouquecidos pelo Asa. Fã da banda há 17 anos, ele tem o quarto inteiro decorado com fotos de shows. “Sempre gostei de registrar momentos inesquecíveis da banda, histórias, shows etc”, contou. Assim como André, Allan também já rodou o Brasil trás de sua banda preferida.
“A maior loucura que faço é rodar o Brasil atrás do Asa. Isso se tornou um vício. A cada fim de semana ou a cada mês estou em um lugar do Brasil diferente atrás do Asa. Através da banda fiz vários amigos e conheci muitos lugares. Minha paixão pelo Asa de Águia não se explica, se vive”, disse Allan.
Durval Lelyz, vocalista da banda, falou da gratidão pelo carinho dos fãs: “Fazer um som diferenciado, misturando o rock com o axé, que conquista o nosso público há 25 anos e faz com que eles se transformem em nossos seguidores, é muito gratificante e ao mesmo tempo não tenho palavras para decifrar essa emoção. Fico lá de cima do palco, do trio, observando a maneira como eles expressam sua emoção através de plaquinhas com os nomes das músicas que querem ouvir, através das fantasias dos personagens que crio, do semblante emocionado por estar ali ouvindo a sua banda do coração tocar. Em contrapartida, buscamos sempre atendê-los com muito carinho, respeito e admiração, tudo que tenho de bom ofereço a eles em especial.”
Galeria fãs de axé (Foto: Arquivo Pessoal)Camilla tatuou o nome da banda (Foto: Arquivo Pessoal)
Camilla Ribeiro tem 29 anos é fã da banda há 17 e também eternizou o amor pelo Asa de Águia nas costas. “Decidi fazer a tatuagem, pois queria guardar comigo para sempre o amor que tenho pela banda. Minha família foi totalmente contra, e eu fiz escondida”, contou.
A fã também já fugiu de casa e terminou namoro para ir atrás do Asa. “Moro em São Paulo e uma vez fui passar o carnaval em Salvador contra a vontade dos meus pais. Fui sabendo que poderia voltar e não ter mais onde morar, mas mesmo assim segui meu coração, apesar de ter ficado com medo. Também já cheguei a virar 108 horas trabalhando direto para poder ir a shows. Já deixei de comer, já dormi horas em aeroporto e até terminei namoro. Meu amor pelo Asa é inexplicável e incondicional”, disse.
fonte:globo

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