Geralmente quem leva uma vida dupla escolhe identidades bastante opostas, de forma que ninguém desconfie. Benedict Garrett, um professor de educação sexual, no Reino Unido, fugiu à regra. Enquanto lecionava na Beal High School em Ilford, Garrett foi acusado de levar uma vida dupla como professor e ator pornô/stripper.
Sob o pseudônimo de Johnny Anglais, o inglês de 31 anos, alimentava um website que continha detalhes de seu trabalho como stripper, facilmente acessível a qualquer um de seus alunos. Na página ele dizia ser “um homem com uma missão” – a de “despudoradamente demonstrar a arte do prazer com a boa forma, sexo e entretenimento”.
O Conselho Geral de Ensino em Birmingham acusou Garrett de realizar trabalhos de natureza pornográfica e se apresentar como stripper em um local público enquanto empregado pela Beal High School. O tribunal também julgou o professor por ter trocado mensagens de texto, email e Facebook com alunos de 10 anos. Segundo o comitê, as mensagens eram inapropriadas por saírem dos princípios da relação professor/aluno defendidos pela instituição de ensino.
Garrett contou ao júri que falava abertamente com os estudantes – alguns com menos de 11 anos – sobre condutas sexuais. “Eu não tinha vergonha de falar sobre nada. Eu dizia ‘se você me perguntar de maneira apropriada, eu te conto’. Dando um exemplo de um diálogo com um aluno de 7 anos, ele complementou: “O estudante me perguntou ‘Senhor, o que é um vibrador?’ Eu disse a ele o que era.”
“Eu acredito que se o Conselho acha que o que eu fiz determina minha conduta e confiança na profissão de docente, isso é um sintoma do que eu chamo de atitude imatura em relação ao sexo e também ver o sexo como uma forma legitimada de diversão e entretenimento”.
Ele insiste que as escolas devem preparar as crianças para o “mundo real” e adaptar-se ao crescimento da pornografia. “Isso não vai nos levar a nada. Pornografia está aí para ficar, a Internet está aí para ficar, redes sociais estão aí para ficar. Dizer que é errado, que é imoral não é a resposta apropriada’.
Garrett adimitiu ter quebrado as regras quanto ao uso do Facebook para manter contato com os alunos, mas disse que não há como provar que as mensagens eram de natureza romântica ou sexual.
“Não estou aqui para negar os fatos do caso, mas nós temos uma das mais altas taxas de gravidez na adolescência da Europa inteira. E a razão é justamente o fato de não sermos abertos em relação ao sexo.”
Garrett acabou expulso da escola onde lecionava, mas continua trabalhando como stripper. fonte:globo
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