A embaixada e os consulados dos Estados Unidos no Paquistão foram fechados ao público "até nova ordem", informou nesta terça-feira (3) o porta-voz da embaixada em Islamabad, um dia após a morte do líder terrorista Osama Bin Laden por um comando americano.
A decisão envolve a embaixada dos Estados Unidos em Islamabad e os consulados americanos em Peshawar, Lahore e Karachi, que ficarão fechados ao público até nova ordem", incluindo para a emissão de vistos, revelou a sede diplomática.
"Permanecerão abertos apenas para assuntos e serviços urgentes, envolvendo os cidadãos americanos", destaca a nota.
"Tomamos esta medida para preservar a segurança do público. Avisaremos ao púbico quando chegar o momento (de reabrir) e a situação será reexaminada regularmente", disse à AFP Alberto Rodríguez, porta-voz da embaixada em Islamabad.
O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, disse nesta segunda-feira (2), em um texto publicado no site do jornal Washington Post, que a operação que resultou na morte de Bin Laden, não teve participação das forças paquistanesas.
Em discurso logo após a ação, o presidente dos EUA, Barack Obama, destacou que a cooperação do governo paquistanês ajudou na localização do terrorista.
"É importante observar que a parceria antiterrorista com o Paquistão nos levou a Bin Laden e ao complexo onde ele estava escondido", disse Obama na TV. Zardari agradeceu as palavras do presidente americano em seu primeiro pronunciamento após a operação.
Segundo o presidente paquistanês, as autoridades do Paquistão não tinham conhecimento de onde estava Bin Laden. “Ele não estava em qualquer lugar que havíamos previsto que estaria, mas agora ele se foi”, declarou. “Embora a ação deste domingo não tenha sido uma operação conjunta, uma década de cooperação e parceria entre os Estados Unidos e Paquistão levaram à eliminação de Osama Bin Laden, que era uma contínua ameça ao mundo civilizado”, falou Zardari no texto.
A ação que resultou na morte de Bin Laden foi efetuada por forças americanas no Paquistão, na madrugada desta segunda-feira (2). Segundo um assessor da Casa Branca, ele estava armado e foi morto durante uma troca de tiros com as forças americanas.
A Casa Branca informou que ainda não decidiu se vai liberar ou não algum registro fotográfico que comprove a morte de Bin Laden.
O assessor da Presidência disse ainda que é possível afirmar "com 99.9% de certeza" que o homem morto numa mansão fortificada no Paquistão é Bin Laden e que documentos encontrados no local estão sendo examinados.
'Mundo melhor'
Nesta segunda-feira, o presidente Obama disse que o mundo está mais seguro após a morte do líder da al-Qaeda, Osama bin Laden, em um ataque de forças norte-americanas no Paquistão.
"Podemos todos concordar que é um dia bom para os Estados Unidos. Nosso país manteve o compromisso de buscar a justiça, que foi feita. O mundo é um lugar melhor e mais seguro por causa da morte de Osama Bin Laden", disse o presidente durante cerimônia de entrega de medalhas de honra a veteranos da Guerra da Coreia.
Obama aproveitou a ocasião para prestar uma homenagem às Forças Armadas americanas. "Como nação, não há nada que não possamos fazer, quando trabalhamos juntos. Com esse espírito de patriotismo nós vimos todas as mutidões que se reuniram no país interiro, segurando bandeiras, cantando o hino, pessoas orgulhosas de viver nos Estados Unidos", disse o presidente que já lançou sua pré-candidatura à Presidência em 2012. "Preciso dizer que como comandante em chefe não poderia estar mais orgulhoso de nossas mulheres e homens em uniformes", continou o presidente, que agradeceu diretamente ao secretário de Defesa, Robert Gates, "um dos melhores secretários de Defesa de nossa história".
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A morte de Bin Laden foi anunciada pelo próprio Obama em pronunciamento na TV na madrugada desta segunda-feira. Osama bin Laden, líder da al-Qaeda, foi o responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que mataram cerca de 3.000 pessoas.
De acordo com Obama, a morte foi consequência de uma ação de inteligência do Exército norte-americano em parceria com o governo do Paquistão, que localizou o terrorista - que tinha entre 53 e 54 anos - durante a semana passada.
O diretor da CIA, Leon Panetta, disse que a rede terrorista da al-Qaeda deve "quase certamente" tentar vingar a morte de Bin Laden. "Apesar de Bin Laden estar morto, a al-Qaeda não está", disse o diretor da principal agência de espionagem dos EUA. "Os terroristas quase certamente vão tentar vingá-lo, e nos devemos - e vamos - permanecer vigilantes e resolutos."
A secretária de Estado Hillary Clinton disse que os EUA vão continuar combatendo o Talibã no Afeganistão, após o assassinato do terrorista Osama bin Laden por tropas americanas no Paquistão.
fonte:globo
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